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Mulheres na tecnologia: conheça o impacto delas na área

O dia 8 de março está próximo. E para o dia das mulheres não passar em branco, o Infnet reuniu um conteúdo bem maneiro para celebrar as mulheres na tecnologia.

Abaixo listamos cinco mulheres que se destacaram na tecnologia e como as suas invenções impactaram o mundo. Incluímos também algumas dicas de coletivos para as meninas que têm interesse em ingressar na área.

Compartilhe com a sua amiga e bora lá!

CINCO MULHERES NA TECNOLOGIA QUE SE DESTACARAM

ADA LOVELACE
Da série mulheres na tecnologia: Ada Lovelace entendeu que computadores podiam ir além de cálculos.

A Condessa Ada Lovelace era amiga do cientista Charles Babbage e nos anos de 1830 participou do projeto dele sobre a Máquina Analítica, a primeira máquina da história que pôde ser programada para executar qualquer tipo de comando.

Percebendo o potencial do projeto, em 1842 Ada criou o primeiro algoritmo para ser processado por máquinas. Além disso, desenvolveu uma visão diferente dos matemáticos contemporâneos a ela. Para Lovelace, essas máquinas conseguiriam realizar muito mais do que meros cálculos.

Tanto Ada quando Babbage não concluíram o projeto devido aos falecimentos precoces. No entanto, as anotações de Lovelace foram reconhecidas como a primeira descrição de um computador e de um software em 1953, além de terem sido mencionadas por Alan Turing.

CONTRA-ALMIRANTE GRACE HOPPER
Da série mulheres na tecnologia: Grace Hopper, analista de sistemas, desenvolveu a base do COBOL, usado até hoje.

Grace Hopper foi uma analista de sistemas da Marinha dos EUA nas décadas de 1940 e 1950. Durante esses anos, Hopper desenvolveu a linguagem de programação Flow-Matic, que serviu de base para a criação do COBOL (Common Business Oriented Language). O COBOL é usado até hoje para processamento de bancos de dados comerciais.

Depois dessa experiência, Grace trabalhou como matemática sênior na Eckert-Mauchly Computer. Lá, ela fez parte da equipe de desenvolvimento do primeiro “Computador Automático Universal” (UNIVAC) comercializado nos EUA.

E tem mais! Depois do UNIVAC, Hopper desenvolveu o primeiro compilador A-0, que traduz um programa de uma linguagem textual (e humana) para uma linguagem de máquina. Com essa trajetória, em 1973, Hopper foi nomeada capitã da Marinha norteamericana e aposentou-se em 1986 como contra-almirante.

KATHERINE JOHNSON
Da série mulheres na tecnologia: Katherine Johnson foi matemática da NASA e ajudou no sucesso de missões espaciais.

Katherine Johnson foi uma matemática da NASA. Ela não trabalhou diretamente com softwares, mas era responsável por validar as contas dos primeiros computadores utilizados pela agência espacial americana.

Mas antes disso, Katherine foi uma das mulheres negras que participaram da equipe do Centro de Pesquisa Langley. Elas calculavam a trajetória dos lançamentos espaciais em 1961 e também foram essenciais para o sucesso da missão Apollo 11, em 1969.

É possível conhecer um pouco mais sobre a história de Katherine e as mulheres na tecnologia de sua equipe pelo filme “Estrelas Além do Tempo”. Johnson trabalhou no centro Langley até 1989.

HEDY LAMARR
Da série mulheres na tecnologia: Hedy Lamarr, estrela de Hollywood, inventou sistema presente no Wi-Fi

Hedy Lamarr foi uma atriz de cinema de Hollywood e cientista. Durante a Segunda Guerra Mundial, Hedy observou certa facilidade em interferir nos sinais que guiavam por rádio os torpedos da Marinha dos EUA, o que poderia fazer com que eles desviassem de sua rota.

A constatação veio a partir de um experimento com o colega George Antheil, compositor. Juntos, eles inventaram o “frequency hopping”, um sistema que evita a interceptação de mensagens por terceiros. O projeto foi recusado pelo governo americano até 1962, quando foi usado por tropas militares dos EUA em Cuba.

Além desse uso militar, a tecnologia de Hedy é atualmente usada nas redes móveis, dispositivos Bluetooth e wi-fi.

RADIA PERLMAN
Da série mulheres na tecnologia: Radia Perlman é conhecida como a Mãe da Internet

Radia Perlman, conhecida como a “Mãe da Internet”, é a cientista da computação responsável pela criação do protocolo Spanning Tree (STP) em 1984. O STP é uma “árvore” que mapeia a rede e determina o caminho mais curto de resposta, desativando outros tráfegos que possam ser redundantes e gerar um loop.

Perlman continuou a trabalhar nesse tipo de roteamento de rede e em 2004 apresentou o TRILL. A tecnologia do TRILL foi desenvolvida para atender a necessidade de conectar duas redes através de uma camada mais profunda que o STP, gerando um roteamento ainda mais otimizado.

Radia também contribui para a segurança de redes. Trabalhou para a Oracle e atualmente está na Dell.

ENTÃO POR QUE ATUALMENTE NÃO HÁ MUITAS MULHERES NA TECNOLOGIA?

Gráfico mostra o percentual de  mulheres na tecnologia

Não há uma resposta certa para esse questionamento. Mas um levantamento feito pela National Public Radio dos EUA pode ajudar a compreender quando o percentual de mulheres começou a diminuir.

“A ideia de mulheres na tecnologia foi declinando no momento em que os computadores pessoais começaram a aparecer nas casas americanas”, afirma a matéria disponível neste link.

Isso porque, ainda de acordo com a matéria, esses computadores eram sinônimos de jogos, como ping-pong ou jogos de tiro. E toda a propaganda em volta desse conceito era direcionada para homens e meninos.

Na década de 1990, a pesquisadora Jane Margolis entrevistou alguns alunos da Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, EUA. “Ela descobriu que as famílias eram mais suscetíveis a comprar computadores para meninos do que para meninas, mesmo que elas tivessem interesse”, como aponta a matéria.

Esse panorama pode ser uma explicação de termos mais homens tanto nas classes quanto no mercado de trabalho de TI. O gráfico acima, que ilustra originalmente a matéria, mostra a porcentagem de mulheres em alguns cursos de graduação, como Medicina, Direito, Física e Computação.

Um desafio, e portanto objetivo, é trazer os 74% das meninas que têm interesse em ciência, tecnologia, engenharia e matemática para as carreiras das ciências. Esse dado foi apresentado pela ONU Mulheres Brasil em 2018 e pode ser conferido na íntegra por aqui.

MAS TEMOS SIM MULHERES NA TI!

Um exemplo é a nossa professora Lucyla Remzetti, docente na Graduação Sistemas de Informação e do MBA em Gestão de Sistemas da Informação. Lucyla entrou na área de TI em 2008, já com bagagem do mundo corporativo, e fez a diferença logo de cara.

Professora de Sistemas de Informação conta sua experiência sobre o tema "mulheres na tecnologia".

“Fiz o curso de SAP e me certifiquei. Eu via que muitas pessoas não compartilhavam conhecimento. Elas queriam ser referência, mas não ensinavam como se resolvia alguns problemas e projetos”

Lucyla, professora do Instituto Infnet

Lucyla fez o contrário e sempre compartilhou as suas soluções: Foi justamente assim que ela conquistou mais lugares em projetos e construiu o seu networking. Atualmente Lucyla trabalha também na Enel Green Power, onde é gerente de Projeto SAP, um rollout que segue um template global.

“É desafiante pois preciso seguir o template inserindo as particularidades do Brasil sem impactar os demais países”, explica.

Lucyla conclui: “A mulher sim pode conquistar o seu espaço. Não porque ela é diferente do homem, mas porque tem a capacidade de enxergar o mesmo problema de uma outra forma e trazer uma solução mais amena ou mais rápida e objetiva.”

Já a Bianca Gotaski, nossa aluna de Análise e Desenvolvimento de Software, está no início dessa carreira. Porém, ela tem decidido o que deseja para o futuro.

“Há um tempo atrás trabalhei em uma startup por pouquíssimos meses. Fiquei encarregada de implementar do zero diversas funcionalidades”, conta.

Aluna de Análise e Desenvolvimento de Sistemas conta sua experiência sobre o tema "mulheres na tecnologia".

“Entender as regras de negócio do projeto, fazer levantamento de documentação, entender a arquitetura e até dar sugestões de melhoria, por estar no início. Amei fazer isso.”

Bianca, aluna de Análise e Desenvolvimento de Software

Por causa dessa experiência, Bianca decidiu seguir carreira de arquitetura de software. Atualmente ela trabalha na IBM como desenvolvedora de software junior.

PARA MULHERES QUE GOSTAM DE TECNOLOGIA

Uma boa forma de vencer o medo, conhecer mais sobre a área e entrar de vez no mundo da TI é por meio de alguns coletivos voltados para mulheres na tecnologia.

Por exemplo, existe o Coders in Rio Girls, uma iniciativa da comunidade Coders in Rio que busca fomentar as mulheres na tecnologia. Eles realizam um evento por mês para muito networking e troca de conhecimentos. Anota aí na sua agenda! O próximo vai ser dia 25 de março, aqui no Infnet. Para se inscrever, acesse este site.

Outra iniciativa bem bacana é a +Mulheres em UX. A comunidade é de e para mulheres que querem aprender e compartilhar conhecimento relacionado à experiência do usuário. O UX Research pode ser usado em diversas áreas, desde marketing até tecnologia. E esse time também vai realizar um encontro aqui no Infnet, no dia 29 de abril. Ainda não há link para inscrição, então fique de olho em nossas redes sociais!

A WoMakersCode capacita as mulheres na tecnologia, oferece meetups, conferências e treinamentos projetados para ajudá-las a obter novas habilidades técnicas e pessoais (hard e soft skills). Acompanhe o grupo pelo LinkedIn.

Temos também o Cloud Girls, que proporciona às suas participantes a possibilidade de aperfeiçoamento, recolocação, networking e muita diversão em um momento exclusivo para as mulheres na tecnologia. Acompanhe também pelo LinkedIn.

Depois desse conteúdo é meio difícil não se inspirar, né? Então para matar a curiosidade sobre como você pode atuar na TI, acesse o site da Escola Superior da Tecnologia da Informação para saber mais sobre os nossos cursos.

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